LEI MUNICIPAL EM CAMPO GRANDE/MS OBRIGA ALUNO QUE NÃO SE COMPORTA A LAVAR O BANHEIRO DA ESCOLA
Projeto piloto foi desenvolvido em
escola municipal de Campo Grande (MS). Antes, casos de indisciplina levavam até
1 ano para ter uma decisão judicial.
Em
Campo Grande, uma escola municipal resolveu mudar a forma de chamar a atenção
de alunos que não se comportam. E esse projeto acabou virando lei para todos os
colégios da cidade.
O
adolescente, que já fez da escola um ringue de luta, disse que não aguentou a
provocação de um colega. “Na hora eu tava estressado, ele continuava e eu fui
pra cima dele, sem pensar”, contou o adolescente.
A
agressão custou caro. “Limpei banheiro, passei rodo no pátio”, disse o aluno. E
não adiantou reclamar para a mãe. “Eu assino embaixo, para mim não tem problema
nenhum. Ele tem que rever o que ele fez”, disse a mãe do adolescente.
Punir
alunos com problema de indisciplina faz parte da realidade de uma escola há
cinco anos. O projeto piloto desenvolvido lá deu tão certo que virou lei
municipal. Agora, todas as instituições de ensino de Campo Grande são obrigadas
a aplicar medidas educativas para quem comete alguma infração no ambiente
escolar.
O projeto é uma iniciativa da
Promotoria da Infância e Juventude. Antes, os casos de indisciplina levavam até
um ano para ter uma decisão judicial, hoje não. “Dentro desse programa, com a
força dessa lei, nós aplicamos quase que imediatamente, dentro de 48 horas, no
máximo, o aluno está sendo levado a uma ação pedagógica, para reparar esse
dano”, afirmou Sérgio Harfouch, promotor da Infância e Juventude.
Na
escola Ada Teixeira, a palavra “dano” já foi excluída do vocabulário. “Não tem
mais briga, não picha mais a escola, não agride professor”, contou o aluno.
“Está mais equilibrado o comportamento dos alunos”, disse outra estudante.
“O
aluno hoje respeita a escola, o aluno se respeita, os pais respeitam a
instituição, então nós temos uma tranquilidade muito grande em relação a isso”,
afirmou Valson Campos Dos Anjos, diretor da escola.
Quem
já chegou a levar até bebida alcoólica na escola que o diga. “Eu pensava que
podia tudo, agora eu sei que tem um limite. Qualquer coisa que eu fizer errado,
eu tenho que pagar pelo o que eu fiz”, disse o aluno. A punição ainda ajudou o
jovem a se livrar da bebida.
A
mãe agradece. “O aluno cometer um erro e não pagar por aquilo, isso sim é
grave. Mas se ele cometeu um erro e ele está pagando, ele está refletindo sobre
aquilo, ele vai ter a oportunidade de aprender. Deveriam todas as escolas
fazerem isso”, falou a mãe do aluno que levou bebida alcoólica para a escola.
Fonte: PORTAL VENEZA
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